A vida que vale - MARTINHA MAGNA DE ARAUJO

 

    Para Spinoza, a vida válida é a vida com ética, porque viver sem ética dá muito trabalho. Isso significa que é muito melhor ser autêntico, ser verdadeiro, sem, contudo ser arrogante. Buscar na vida válida, na vida que vale a pena, a moralidade das coisas, das situações do cotidiano.

    Ser autêntico é uma forma de adquirir serenidade, pois estaremos sempre tranquilos com a nossa consciência. Tentar passar uma imagem ou uma ideia daquilo que efetivamente não somos é como estar em um cárcere, privado assim da liberdade de sermos quem realmente somos. E nada mais triste.

    Muitas pessoas preferem uma máscara que nem sempre se ajusta a sua face. Fazendo-se passar aos olhos da maioria por alguém que a sociedade admira e respeita.

    Há, assim, várias máscaras, como por exemplo, aquela que alguns vestem no ambiente profissional. Vendem a imagem de bons profissionais, quando na verdade não o são. Pessoas cuja vida pública é laureada de títulos e homenagens, mas que no íntimo da consciência são prisioneiros de si mesmos.

    As mudanças na sociedade são constantes, é preciso sempre se adaptar a elas. No entanto, o certo sempre será certo e o errado sempre será errado. Alguns valores sociais mudaram muito, porém, o que não deveria acontecer é a inversão de valores éticos e morais da vida em sociedade. Temos assistido a sociedade condenar o errado sem corrigir o erro, quando na verdade o que deveria ser mais correto é condenar o erro e reeducar o errado.

    Fiquemos com Spinoza: a vida ética é muito melhor, porque a vida tem que valer a pena.

 

MARTINHA MAGNA DE ARAUJO

Acadêmica do 10 período da Faculdade de Direito da UNIPAC – Juiz de Fora